Conheça os cursos de História da Arte, Arquitetura, Urbanismo, Moda e Mobiliário

Arq. Sílvia Aline R. De Rodrigues


Arquiteta pós graduada em Patrimônio Histórico em Centros Urbanos pela UFRGS, especialista em História da Arquitetura, Mobiliário e Moda, ministro aulas em parceria com a escola de decoração PROJETHA, colaboro com artigos, sites, pesquisas e mentoria.


"O Homem que não conhece o passado, não tem inspiração para construir um futuro melhor".



arqsilviaaline@gmail.com.br

Mobiliário no Brasil até séc XIX

Bandeirante (1600 – 1700 )

Tipologia: Oratórios, arcas e bancos mineiros que tem filiação artística no renascimento italiano (savonarola). Mesas com gavetas e mesas de refeições que traziam gravadas as iniciais dos proprietários. Armários que só passaram a serem produzidos no Brasil, no século XVII. Camas ou catre, originário da China que chegou ao Brasil trazidos por portugueses.

Madeiras: Cedro, canela, preta ou branca, o vinhático e o Jacarandá (não foi utilizado na produção de catres).

Fonte MCB

D.João XVI (1816 – 1850 )

Mesas de influência francesa, cômodas com ornamentos em flabelos. Camas com dossel aonde as cabeceiras também apresentam essa ornamentação. Demais ornamentações: Ponta de diamante, rosetas, juncos e cordões. Obs: Frequentemente o estilo é confundido com D. Maria I.

Madeiras: Jacarandá e Jacarandá preto.

 

Beranger (1820– 1860 )

O francês Francisco Manuel Béranger chegou à capital pernambucana em 1822, estabelecendo-se com uma pequena oficina de móveis entalhados na rua da Florentina. Ele era um apaixonado pelas nossas flores e frutos e fez uma série de talhas com esses motivos, aproveitando-os nos seus consolos, cadeiras e, especialmente, nos sofás, conhecidos como "sofás Béranger", ou pernambucanos, cujos encostos se apresentavam cheios de curvas largas, onde cornucópias despejavam romãs, cajus e abacaxis apareciam numa composição muito harmoniosa.
Fabricados geralmente em jacarandá, estes móveis, notadamente os sofás, apresentavam os encostos profusamente trabalhados e os assentos quase sempre de palhinha, com os pés um tanto exagerados e em talha profunda. Foi ele o introdutor entre nós do verniz conhecido pelo nome de "verniz de boneca”. Uso da palha ao invés do veludo. Também chamado de Vitoriano Brasileiro.