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Arq. Sílvia Aline R. De Rodrigues


Arquiteta pós graduada em Patrimônio Histórico em Centros Urbanos pela UFRGS, especialista em História da Arquitetura, Mobiliário e Moda, ministro aulas em parceria com a escola de decoração PROJETHA, colaboro com artigos, sites, pesquisas e mentoria.


"O Homem que não conhece o passado, não tem inspiração para construir um futuro melhor".



arqsilviaaline@gmail.com.br

Arquitetura Moderna

A arquitetura moderna é o reflexo das grandes inovações técnicas que começam a surgir já no fim do século XIX. Com a revolução industrial passa-se a utilizar o ferro de maneira nunca antes vista nas construções. Materiais como o aço e o concreto armado dão aos arquitetos possibilidades inéditas de criação, o que faz com que este estilo se torne completamente diferente de tudo que se viu até então. São engenheiros os pioneiros na utilização das novas técnicas como nos arranha-céus de Chicago ou na famosa Torre Eiffel de Paris.
 
Arquitetura Moderna
 
A fundação da escola Bauhaus de Weimar, por Walter Gropius (1883-1969), é de suma importância para o desenvolvimento da arquitetura moderna. Dentro do conceito da Bauhaus o artista não era diferente do bom artesão e é a partir desse pensamento que surge um artista até antes desconhecido, o desenhista industrial. A escola foi fechada por ordens de Hitler, não antes de resgatar para a arquitetura sua posição de arte maior, seus artistas, pelo menos grande parte deles, transferem-se para os Estados Unidos, onde darão prosseguimento à sua arte.
 
O que melhor caracteriza a arquitetura moderna é a utilização de formas simples, geométricas, e desprovida de ornamentação, valoriza-se o emprego dos materiais em sua essência como o concreto aparente, em detrimento do reboco e da pintura. As diferenciações apresentadas nessa arquitetura variam quase de arquiteto para arquiteto, podendo-se notar semelhanças regionais, como é o caso de Frank Lloyd Wright (1867-1959), Walter Gropius, Le Corbusier (1887-1965), Oscar Niemeyer (1907-), Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969), Alvar Aalto (1898-1976), que apresentam características claramente distintas e próprias.
 
A grosso modo, pode-se dividir os arquitetos em dois grupos: os organicistas, encabeçados por Frank L. Wright, que dizia que o edifício, assim como um organismo vivo, precisa crescer a partir de seu meio, deve partir da função para a forma, ao se olhar para uma construção desse tipo é muito fácil saber a que se destina. A obra mais famosa de Wright é a Casa da Cascata, em Bear Run. A casa está implantada sobre a cascata, que pode ser desfrutada de seu interior. É impressionante a integração da casa com a natureza; já os funcionais da escola de Le Corbusier subordinam a função à forma, porém, nos dois tipos, a forma está em harmonia com a função.
 
Le Corbusier é o autor do Le Modulor, conjunto de estudos que visa mesurar o homem e suas atividades, criando assim o conceito de ergonomia, o desenvolvimento de seu pensamento faz com que ele proponha a casa como “máquina de morar”. Sua genialidade pode ser verificada na capela de Ronchamp, na França. A maior e mais complexa invenção do homem, a cidade, passa agora a ser projetada de forma integral, e não há nada mais notável do que a construção das cidades de Chandigarh, na Índia, por Le Corbusier e Brasília, no Brasil, por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa (1902-).
 
Frank Lloyd Wright – O Arquiteto do Sonho Americano
 
Arquiteto e escritor Americano, cresceu, viveu e produziu a maioria de suas obras na própria América do Norte.
 
O principal conceito que Frank trouxe para a arquitetura moderna foi o de que cada projeto deve ser individual: a localização, o terreno e a finalidade da obra, devem fazer de cada projeto de arquitetura uma obra única. Frank acreditava que cada projeto deveria ter sua própria personalidade.
 
Embora gostasse de produzir obras ecléticas, Frank Lloyd Wright desenvolveu um estilo próprio de construção e arquitetura para casas, tal estilo era chamado de  Praire House (em Português, casas da pradaria ou planície).
 
As Praire Houses de Frank Lloyd Wright, refletiam bem o estilo de vida da nova classe média Americana dos anos 50, eram amplas, modernas e tinham muito espaço interno. Tal estrutura tinha um ponto em comum, tudo era muito bem planejado afim de integrar de forma harmônica com o ambiente externo. Era o estilo de casa ideal para os novos e espaçosos subúrbios que surgiam ao redor das cidades, local para onde a classe média estava migrando.
 
As principais características de arquitetura das Praire Houses de Frank Lloyd Wright eram a horizontalidade, as casas jamais passavam de 2 andares, a ausência de divisão entre os ambientes (poucas paredes internas), linhas retas e também o uso de materiais simples na decoração: como tijolos e pedras. Os materiais e linhas simples, segundo Frank, integravam melhor a casa ao terreno e ao ambiente.
 
Confira abaixo um desenho básico do estilo de arquitetura das Praire Houses de Frank Wright e também algumas fotos reais.
 
Le Corbursier – O Arquiteto da Nova Europa Urbana
 
Le Corbursier, pseudônimo e nome artístico do arquiteto Franco-Suiço Charles-Edouard Jeanneret-Gris, revolucionou a arquitetura moderna dando contornos mais urbanos aos projetos arquitetônicos de sua época e também por resgatar elementos arquitetônicos Orientais e adaptá-los ao estilo Europeu (Ocidental).
 
Além de arquiteto extremamente ativo, Le Corbursier também tinha o costume de escrever e estudar arquitetura e arte teórica, chegando a lançar vários livros sobre artes plásticas e arquitetura, tais como: “Estudo sobre o Movimento de Arte Decorativa na Alemanha” (1912) e também “Voyage d’Orient” (Viagem ao Oriente – 1916).
 
O livro Voyage d’Orient surgiu a partir do projeto de Le Corbursier de viajar todo o Leste Europeu e Mediterrâneo, em busca de novas inspirações para sua arquitetura.
 
Partindo da cidade de Dresden na Alemanha, Le Corbursier viaja pelas cidades de Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste, Kasanlik, Istanbul e Atenas, terminando sua aventura nas terras do Sul da Itália.
 
O principal conceito que Le Corbursier trouxe para a arquitetura moderna, ou melhor, os principais conceitos foram o que ele chamou de: Os Cinco Pontos da Nova Arquitetura.
 
Segundo Le Corbursier, esses elementos modernizam e tornam a arquitetura mais eficiente, é a nova arquitetura para renovar as velhas metrópoles Européias que agora estavam entrando no século XX.
 
Confira abaixo a definição dos 5 Pontos da Arquitetura Moderna, retirados da obra de Le Corbursier:
  • Construção de Pilotis/Colunas: As colunas e pilotis, um antigo elemento da arquitetura clássica Grega, tornavam as construções mais abertas, arejadas e ao mesmo tempo grandiosas. Uma solução urbana muito interessante e elegante para ambientes com alta movimentação de pessoas.
  • Terraços Jardim: Retomando a velha idéia Oriental dos jardins suspensos, Le Corbursier afirmava que em metrópoles com cada vez menos espaço, os telhados poderiam ser aproveitados como espaços de lazer.
  • Planta Livre de Estrutura: Planta livre de estrutura, em palavras mais simples, significa que deveriam existir poucas paredes internas, com menos paredes os espaços ficam mais dinâmicos, podendo ser dados vários usos ao mesmo prédio.
  • Fachada Livre de Estrutura: A fachada dos prédios deveria ser simples e funcional, elementos de decoração e “firulas” deveriam ser abolidos.
  • Janelas em Fita / Janelas Horizontais: As janelas deveriam sempre acompanhar toda a parede da fachada do edifício, aproveitando melhor a luz natural dentro dos ambientes.

 

O Estilo Urbano da Arquitetura de Le Corbursier

Características da Arquitetura de Le Combursier

 

Fontes: https://www.coladaweb.com/artes/arquitetura/arquitetura-moderna


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