Mobiliário Séc XX - XXI
FUNCIONALISMO (1918 – 1939)
A época do funcionalismo foi um período inserido entre as grandes guerras, produto das novas conformações sociais, políticas, econômicas e tecnológicas estabelecidas após o intenso belicismo e a maciça produção industrial. A partir das transformações do pós-guerra não era possível pensar antigas questões como antes. A arte deveria ser vinculada ao cotidiano. As questões urbanas, arquitetônicas e artísticas, se antes se apresentavam como situações subjetivas de um futuro distante, ganharam força e exigiram soluções. A cidade passou a ser entendida como um organismo produtivo, tecnológico,social e político cujo crescimento qualitativo e quantitativo caso não organizado racionalmente emperrava seu funcionamento. Nesse sentido a figura do artista passava a ser exigido não apenas como um simples construtor, mas como um pensador do espaço urbano. Toda a arte moderna passou a ser revista segundo os princípios funcionalistas. O Funcionalismo como produto do crescimento urbano, do caos instaurado no pós-primeira guerra e consequente o agravamento das questões urbanísticas pregava a necessidade de tornar as cidades cada vez mais funcionais. E, como tendência artística pregava que tanto na arquitetura quanto no urbanismo ou no mobiliário, a forma deveria resultar da perfeita adequação a função.
A Bauhaus
A Bauhaus foi responsável pela difusão do Funcionalismo no design, já que a forma dos seus objectos se encontrava ligada à sua funcionalidade.
Bauhaus , numa tradução à letra significa "casa em construção".
Em 1919 Walter Gropius fundou a Bauhaus em Weimar através da união entre a Academia de Artes de Weimar e a Escola de Artes e ofícios (fundada e dirigida por Henry Van de Velde) e é publicado o Manifesto da Bauhaus.
Walter Gropius pretendia que a nova escola superasse o historicismo através de uma linguagem formal clara e que houvesse uma nova unificação da arte com o trabalho manual e industrial.
A educação de base na Bauhaus centrava-se na livre experimentação da cor, da forma e dos materiais. Depois deste curso preliminar os estudantes especializavam-se numa determinada área - carpintaria, cerâmica, metal, vidro, cenografia, fotografia, arte comercial. O objectivo destes cursos era o de oferecer uma educação artística e iguais habilidades artesanais. Era por essa razão que as oficinas eram dirigidas por um Mestre da Forma e um Mestre Artesão.
Os objectos que a Bauhaus produziu são objectos que respondem inteiramente às premissas do Movimento Moderno e que pelo seu caracter transcultural se enquadram no Estilo Internacional.
Foi criado um novo profissional – o Designer.
ORGANICISMO (1930 –)
O conceito de organicismo nasceu como o único mobiliário funcional que cumpriu a sua função.
No funcionalismo faltavam a intimidade e o aconchego que as pessoas estavam reivindicando. O organicismo fez atender a esses requisitos. Isso era o que consistia em adaptar a funcionalidade do mobiliário para indivíduostornando-os, mais confortáveis e adaptados para a estrutura do corpo humano.
Criaram estruturas que envolviam o homem. O Conforto era a lei. A ergonometria foi aplicada.
DESIGN CONTEMPORÂNEO (1950 –)
No final da 2ª guerra mundial, os EUA começaram a influenciar o mundo.
Os móveis contemporâneos apresentaram-se por vezes uma dupla função e faziam referência ao móvel produzido no século XIX. Os armários e camas pareciam um simples cubo de madeira laqueada e camas converteram-se em mesas baixas. A utilização da luz também estava presente no mobiliário com os móveis iluminados de Mário Belini. A Itália à partir dos anos 70 do século XX, passava a ser um dos principais centros de design mundial. Já no século XXI, a França e Inglaterra também se destacam. Os irmãos Campana – designers brasileiros são hoje um dos principais nomes do design mundial contemporâneo. Destaque para Phillipe Starck com a cadeira ghost e outras variedades.
Destacam-se também o brasileiro Hugo França com o trabalho em suas toras de madeira.