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Arq. Sílvia Aline R. De Rodrigues


Arquiteta pós graduada em Patrimônio Histórico em Centros Urbanos pela UFRGS, especialista em História da Arquitetura, Mobiliário e Moda, ministro aulas em parceria com a escola de decoração PROJETHA, colaboro com artigos, sites, pesquisas e mentoria.


"O Homem que não conhece o passado, não tem inspiração para construir um futuro melhor".



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O que é Kitsch?

21/02/2015 02:55

O que é Kitsch ?

10/02/2015 21:29

O kitsch é um termo de origem alemã (verkitschen) que é usado para categorizar objetos de valor estético distorcidos e/ou exagerados, que são considerados inferiores à sua cópia existente. São frequentemente associados à predileção do gosto mediano e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões que não são autênticos. Eventualmente objetos considerados kitsch são também apelidados de brega no Brasil.

Mas enganam-se pessoas que resumem o termo assim. Eu por exemplo, amo meu pinguim em cima da minha geladeira super moderna!  Enfim, ser kitsch é ser criativo, é ter atitude, mostrando-se singular num mundo de “ditaduras subliminares”. É usar um objeto retrô em meio  a uma decoração contemporânea, um vestido herdado da Tia Avó, com jóias contemporâneas, é usar e abusar de coisas que já foi moderno em outra época, sem ser brega.

Os objetos nunca são feitos dos materiais que parecem, por exemplo, a madeira é pintada para parecer mármore, o zinco é bronzeado para parecer bronze.

Nas primeiras décadas do século XX, as produções kitsch passaram a ser duramente atacadas por artistas de vanguarda exigiam sua destruição em nome da criatividade e da não massificação. Acreditavam que a modalidade impedia o desenvolvimento dos gostos individuais, por exemplo, Milan Kundera, no livro “A Insustentável Leveza do Ser” liga esses objetos super-copiados ao regime totalitário Tcheco. Mas não se pode deixar enganar pelo aspecto patético dessas produções. Elas são, sem dúvidas, criativas e ricas dentro de suas propostas “enfeitadoras” e denunciam uma psicologia social onde vale tudo para se sentir pertencente ao seu meio.

    Kitsch, que reúne em si, o conceito de um fenômeno que transcende as definições e tudo aquilo que tende a reduções. Porque, o Kitsch, é, em sua natureza, exagerado. Não cabe em conceitos, assim como, vai além dos próprios objetos.

    Um fenômeno é algo que, caso você queira compreendê-lo, deve-se senti-lo. E o Kitsch, é, em sua natureza, sentimento. E, sentimento não possui forma material. O Kitsch extrapola a forma objetal. É, na forma, percebido, e, além dela, sentido. É tanto características físicas dos objetos materiais, quanto o modo de relação do homem com esses objetos. Objetos que são, sobretudo e necessariamente, seus.

  Há uma grande diferença em ser “brega” e “Kitsch”. “Brega” é quando tudo está errado e fora de um contexto. Já o estilo “kitsch” tem lá a sua classe e até certa exclusividade. É um estilo bem pessoal, um estilo próprio, vc o recria a seu gosto.

O “kitsch” é o retrato da nossa irreverência, pois, com essa idéia, podemos brincar na decoração, tornando-a mais despojada.



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