HISTÓRIA
O Real Château de Chambord é um palácio da França localizado em Chambord, Loir-et-Cher, França.
É um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua distinta arquitetura em estilo Renascentista francês que combina as formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas.1
Embora seja o maior palácio do vale do rio Loire, foi construído apenas para servir de pavilhão de caça para Francisco I de França, que mantinha a sua residência no Château de Blois e no Château d'Amboise. O projeto original do Château de Chambord é atribuído, apesar de várias dúvidas, a Domenico da Cortona, cujos modelos de madeira sobreviveram tempo suficiente para serem traçados por André Félibien, noséculo XVII. Alguns autores, de qualquer forma, afirmam que o arquitecto renascentista francês Philibert Delorme teve um papel considerável no desenho do palácio.2 Chambord foi alterado consideravelmente ao longo dos vinte anos que durou a sua construção (15193 ‑ 1547), período durante o qual foi supervisionado in loco por Pierre Neveu.
Em 1913 Marcel Reymond fez a primeira sugestão4 de que Leonardo da Vinci, um convidado do rei Francisco I, em Clos Lucé próximo de Amboise, foi responsável pelo desenho original, o qual reflecte os planos de Leonardo para um château em Romorantin para a Rainha-mãe, e o seu interesse no planeamento central e na escadaria em dupla-hélice; a discussão ainda não está concluida.
Próximo do final da obra, o Rei Francisco I exibiu o seu enorme símbolo de poder e riqueza, ao convidar o seu velho inimigo, Imperador Carlos V, para Chambord.
Francisco I
Durante o reinado de Francisco I, o palácio raramente esteve habitado. De facto, o rei passou lá apenas 7 semanas no total, englobadas em curtas visitas de caça. Como o palácio tinha sido construído com o propósito de receber curtas visitas, não era realmente prático viver ali por muito tempo. As maciças salas, janelas abertas e tectos altos eram impossíveis de aquecer. Além disso, como não estava próximo de nenhuma povoação, não havia outras fontes imediata de alimentos além dos gamos. Isso significava que todos os alimentos tinham que ser trazidos com o grupo, habitualmente com números superiores a 2.000 pessoas de cada vez.
Como resultado de tudo isso, o palácio permaneceu completamente desmobilado durante esse período. Toda a mobília, coberturas de paredes, utensílios para a alimentação e por aí fora, eram trazidos especificamente para cada viagem de caça, um grande exercício de logística. Por esse motivo muita da mobília da época foi feita para ser facilmente desmontada, como forma de facilitar o transporte.
Francisco I faleceu devido a um ataque cardíaco, em 1547.
Luis XIV
Durante mais de oitenta anos depois da morte de Francisco I, os reis franceses abandonaram Chambord, levando-o a um estado de decadência. Finalmente, em 1639 Luis XIIIdeu-o ao seu irmão, Gaston, Duque de Orleães, que o salvou da ruína, ao realizar vastas obras de restauro. Luis XIV fez o restauro da grande fortaleza e mobilou os apartamentos reais. O rei acrescentou, então, um estábulo para 300 cavalos, permitindo o uso do castelo como pavilhão de caça e como local de recreio para notáveis comoMolière, por algumas semanas por ano. Apesar de tudo, Luis XIV abandonou o palácio em 1685.
Luis XV
Entre 1725 e 1733, Estanislau I da Polônia, o rei deposto da Polónia e sogro de Luis XV, viveu em Chambord. Em 1745, como reconhecimento pelo seu valor de combate, o rei deu o palácio a Maurice de Saxe, Marechal da France, que lá instalou o seu regimento militar. Maurice de Saxe morreu em 1750 e uma vez mais o colossal edifício permaneceu vazio por muitos anos.